domingo, 24 de agosto de 2008

Crônica


DEVEMOS VOLTAR A SER PRIMATAS

Nos primórdios do mundo, os nossos ancestrais os famosos homens da caverna, com certeza, não expunham seus sentimentos, quer dizer, naquela época nem sei se tinha esse troço de sentimentos. E me parece que deu muito certo esse modo de pensar cavernoso, porque depois de milhões de anos, ainda estamos aqui, só adquirimos esse único problema, a terrível mania de expor sentimentos. Imagina um primata, com sua linda primatinha, os dois sentados ao pé de uma pedra, com um javali morto e destrinchado em cima, ao lado, uma fogueira, acesa depois de horas batendo uma pedrinha na outra, ao fundo, um carcará embalando a trilha musical. Imaginaram? Agora imaginem esse UGA BUGA olhando para sua queridinha e falando, de seu modo é claro: ”minha linda primatinha, cacei esse javali e o fiz ao molho de aspargos só pra você, pois sou louco pra te ter, te amar e beijar”. KKKKKKKKKKKKKKK. Vocês acham que combina? Não! Os caras eram mais práticos, faziam e pronto! Mas se nossos primatas não eram assim, de onde veio e para que serve essa terrível mania de expor sentimentos? Em quais circunstancias devemos usá-la? Essas respostas nossos primórdios não nos deixaram como legado, preferiram deixar desenhados nas paredes das aconchegantes cavernas; rodas; lanças; fogo; mamutes; coisas que são bem mais úteis para o nosso dia a dia. E mesmo assim, depois de tanta comprovação que não precisamos expor sentimentos, porque o fazemos? Como essa é uma pergunta muito difícil de ser respondida, procurei na internet uma pesquisa que esclarecessem essas minhas duvidas, e encontrei um instituto chamado “E.M.M.F.C.V.”, que fez uma pesquisa exatamente em cima do tema que estava procura. O instituto “EU MESMO ME FUDENDO.COM.VC”, depois de muita pesquisa, muita experiência, chegou a uma conclusão:”DEVEMOS VOLTAR A SER PRIMATAS”. Esse instituto respeitadíssimo, passou 26 anos analisando o comportamento de um homem, que normalmente expunha seus sentimentos. Para não tornar uma pesquisa regionalista, analisaram a mesma cobaia em algumas cidades do Brasil, como no interior, na capital e em cidades litorâneas. E por incrível que pareça, os resultados são sempre os mesmos. E como essa pesquisa tem o cunho social de alertar as pessoas desse mal, vou mostrar o quadro de sintomas, os danos, e como se libertar dessa doença. Vou começar pelo quadro de sintomas: Em primeiro lugar a pessoa se encanta por outro, pelo seu caráter, seu alto astral, sua energia e tudo mais; logo depois, começa a sentir friozinhos na barriga quando vai falar com a pessoa, quando vai encontrá-la; depois não tira a pessoa da cabeça; começa a ter lampejos poéticos e cavalheirios, querendo ficar só com essa pessoa, e assim as sensações vão crescendo progressivamente. Agora vou esclarecer os danos: as pessoas que sofrem desse mal, não são compreendidas na sua totalidade. E a cura é muito simples, depende só da pessoa. Tem que tentar ser o mais primata possível, não expor seus sentimentos, tentar maquea los o máximo possível, fazer tipinhos para que não percebam o que você realmente sente, ligações uma vez por semana, e breves, poemas só se for pra fazer uma frase rimada do time de coração.
Achei muito bacana essa pesquisa, me tirou várias duvidas. Mas uma nova duvida ficou na minha cabeça. Quem é esse babaca que ficou de cobaia pra esse instituto durante 26 anos e não conseguiu aprender nada em relação a sentimentos. Mas como isso não me interessa, só vou rezar pra que esse cara finalmente aprenda alguma coisa, RS.

3 comentários:

Alonso Zerbinato disse...

Caraca irmão.
Já te falei pessoalmente.
Criativo pra caralho.
Eu mesmo me fudendo.com.vc foi goog!



Abraço!

Unknown disse...

Diogão meu véio cê manda muito bem mesmo, Carinha ocê enche nóis tudo de orgulho. rs

Beijo do seu Véio Mano sem cabelo.

Unknown disse...

rsrsrs... será mesmo que essa cobaia não aprendeu nada?
Fiquei curiosa de saber mais sobre ele. Derrepente é o caso de, ele procurar outro instituto, como por exemplo o E.M.A.C.V. "Eu mesmo aprendendo com vc". A experiência e o aproveitamento podem ser outros, rsrsr... Parabéns pela crítica. Muito boa!